sábado, 27 de abril de 2013

Alma Livre

























EPITÁFIO

São tantos sentimentos nascidos desta tristeza.
Mas o silêncio é a única manifestação permitida.
Para que a morte e seu odor de cravos murchos,
Não se misture ao de cera derretida,
Da última vela que queimava em meu coração.
Brindemos ao grande homem que parte.
Que dobrem os sinos dos templos da cidade,
Anunciando que minha morte foi violenta.
E que morri como sempre quis.
Agora, livre estou da eterna tormenta,
Que nauseava minha alma à deriva.
À minha algoz, meus eternos agradecimentos,
Pelos belos trabalhos prestados.
Que as moedas e o coração que eu te dei.
Te fartem por muitos momentos.
Eu não preciso mais deles.
Só das feridas.

CARLOS MEDEIROS

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